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sábado, 23 de fevereiro de 2019

Thésis para experimentar clínicas possíveis

O esquizoanalista

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O ESQUIZOANALISTA
O esquizoanalista interfere nas máquinas desejantes possibilitando assim a retomada na produção de realidade. “O esquizoanalista não é um intérprete, ainda menos um diretor de teatro, ele é um mecânico, micromecânico” (Deleuze, Anti-Édipo). Ele é extremamente funcionalista, não pergunta “o que isto significa?”, mas sim “para que isso serve? Como posso tirar mais potência disso?”. Não estamos aqui para disputar narrativas, somos mecânicos que apertam e soltam as engrenagens do desejo.

Neste ponto, vemos que a esquizoanálise não diz em que mundo devemos viver nem como o mundo deveria ser; isto porque o desejo quer a si mesmo, ele já é revolucionário por si só, não está esperando por algo para realizar-se. A proposta da esquizoanálise não passa por um programa político, nem por um partido, nem por ideologias. Se a filosofia não funciona descolada dos problemas a esquizoanálise se pergunta o tempo todo: onde a psicanálise deu errado? Ou seja, ela consiste apenas em apontar que as coisas vão mal na psicanálise e abrir caminhos para uma possível alternativa.

A esquizoanálise tem um único objetivo, que a máquina revolucionária, a máquina artística, a máquina analítica se tornem peças e engrenagens umas das outras”

– Deleuze, Conversações

https://razaoinadequada.com/filosofos/deleuze/esquizoanalise/

A esquizoanálise foi criada por Guattari e Deleuze. Enquanto a psicanálise partia de um modelo de psique fundado no estudo das neuroses, tendo como eixo a pessoa e as identificações e operando a partir da transferência e da interpretação, a ESQUIZOANÁLISE inspira-se antes nas pesquisas sobre a psicose; ela recusa-se a rebater o desejo sobre os sistemas personológicos (adjetivo usado para qualificar as relações molares na ordem subjetiva – ênfase dada ao papel das pessoas, das identidades e identificações); ela denega toda e qualquer eficácia à transferência e à interpretação.
Tem por objetivo principal analisar os discursos e práticas de uma sociedade, para apontar, de um lado, as propostas revolucionárias, transformadoras e potencializadoras do coletivo e, de outro, os discursos e práticas fascistas e conservadoras queproduzem fechamento e despotencialização.
Um dos conceitos apresentado por Deleuze e Guattari é Produção de Subjetividade. Mas afinal o que é produção de subjetividade?
Propõe-se a ideia de uma subjetividade de natureza industrial, maquínica, fabricada, modelada, recebida, consumida. Essa produção se dá nas ideologias, formas de trabalho, a ordem social, no modo de ver/perceber o mundo, de se articular com o tecido “urbano”. Tudo o que nos chega pela linguagem, família, educação, pelos equipamentos que nos rodeiam.



https://opusconsultoriablog.wordpress.com/2016/10/27/o-que-e-esquizoanalise/

Palestra Gregorio Baremblitt - O que é o Esquizodrama?

...neste video, o palestrante, o spin esquizodramista Gregório Baremblitt, também esquizoanlista,  se diz rejeitado por mundo da esquizoanálise,....estou pesquisando isso

  Palestra do Professor Gregorio Baremblitt realizada no dia 22 de maio no 13º Festival Internacional de Teatro de Belo Horizonte - FITBH O Esquizodrama foi inventado por Gregorio Baremblitt em 1992. Foi e continua sendo aprimorado por muitos agentes e equipes. É um saber e um fazer que circula entre as filosofias, as ciências, as artes e os conhecimentos populares. Está baseado, principalmente, nas obras do Filósofo Gilles Deleuze e nas obras do autodidata Félix Guattari: escritos sobre a Esquizoanálise. O Esquizodrama se emprega na saúde, na educação, no trabalho, na pesquisa, etc. Ele pode ser ministrado por profissionais das ciências humanas mas também por artistas e por leigos; é estudado e aplicado em vários países da América Latina e Europa. Créditos: Mariane Botelho Equipe FIT-BH 2016